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terça-feira, 6 de março de 2018

"O Rio de Janeiro é laboratório para o Brasil", diz general interventor

O interventor federal do Rio de Janeiro, general Braga Netto, afirmou na manhã desta terça-feira (27) que a integração das ações de inteligência, no âmbito da intervenção, servirá como uma espécie de laboratório para outros Estado . "O Rio de Janeiro é um laboratório para o Brasil."
Onze dias após o decreto de intervenção do presidente Michel Temer (MDB), Braga Netto reuniu a imprensa para falar sobre o plano. Em entrevista coletiva que durou pouco mais de hora, foi anunciada a intenção de aumentar o número de policiais nas ruas.
O general não anunciou, contudo, mudanças no comando das polícias tampouco nas ações militares em operações, que seguirão o mesmo modelo adotado pela GLO (Garantia de Lei e de Ordem), em vigor desde julho passado. O interventor admitiu, no entanto, que as ações podem sofrer ajustes. Foram descartadas operações militares prolongadas, como a ocorrida no Complexo da Maré entre abril de 2014 e junho de 2015.
Também foi informado que as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) --principal vitrine da segurança nos governos de Sérgio Cabral (MDB) e Luiz Fernando Pezão (MDB)-- serão mantidas, mas que a política deve ser revisada.
Braga Netto disse não ser possível afirmar se o modelo de integração das áreas de inteligência dos órgãos de segurança pública no Rio será difundido para o resto do país, mas afirmou que a unificação do comando deverá resultar em uma maior agilidade dos trabalhos de inteligência. "As inteligências sempre funcionaram. Mas isso agiliza quando você unifica o comando."
A integração dos órgãos de inteligência das polícias de todos os Estados do país é tarefa a partir desta semana do novo Ministério Extraordinário da Segurança Pública. O trabalho é realizado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, que passou ao novo ministério. A pasta já vinha integrando sistemas de registros de ocorrências e comunicações em ao menos 16 Estados.
Para Braga Netto, a intervenção é uma "janela de oportunidades para a segurança pública do Rio de Janeiro".
"A intervenção é gerencial. Recupera-se a credibilidade da instituição segurança pública do Rio de Janeiro", completou o interventor. Segundo Braga Netto, a intervenção tem como um dos objetivos aproveitar a expertise de gerenciamento e logística das Forças Armadas.

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