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terça-feira, 29 de abril de 2025

Corpo de Bombeiros do Ceará divulga edital com 1.350 vagas para soldado.

 


SAMUEL PERESSIN

 Saiu o edital do novo concurso do Corpo de Bombeiros do Ceará para a carreira de soldado. A seleção oferece 1.350 vagas, das quais 450 imediatas e 900 para cadastro reserva.

Durante o curso de formação, a remuneração é de R$ 2.935,04. Após a formatura, o salário sobe para R$ 5.893,30. Em relação às cotas, o certame reserva 20% dos postos a negros.

Os candidatos devem possuir ensino médio, idade entre 18 e 29 anos, altura a partir de 1,57m (mulheres) ou 1,62m (homens) e CNH (Carteira Nacional de Habilitação) categoria "B".

O prazo para inscrições vai de 14 de maio a 2 de junho. Para concorrer, os interessados deverão realizar cadastro pelo site www.cev.uece.br. A taxa de participação foi fixada em R$ 180.

📝 Etapas do concurso do Corpo de Bombeiros do Ceará

Ainda sem data definida, a prova objetiva será aplicada em Fortaleza. O exame cobrará a resolução de 100 questões de múltipla escolha abordando conteúdos sobre as seguintes disciplinas:

  • língua portuguesa;
  • matemática;
  • raciocínio lógico;
  • atualidades;
  • história do Ceará;
  • noções de administração pública;
  • ética no serviço público;
  • legislação;
  • noções de direito constitucional;
  • noções de direito penal militar;
  • noções de direito processual penal militar;
  • física;
  • química;
  • biologia;
  • primeiros socorros.

O caminho até a aprovação para o curso de formação exigirá que os candidatos superem outras quatro etapas: inspeção de saúde, avaliação psicológica, teste físico e investigação social.

A seleção é organizada pela Uece (Universidade Estadual do Ceará). Em caso de dúvidas, a banca pode ser contatada por meio dos telefones (85) 3101-9710 e 3101-9711, além do e-mail concurso.cbmce@uece.br.


domingo, 27 de abril de 2025

Concurso TCE PE: conselheiro confirma novo certame para diversos cargos.



 FERNANDO CEZAR ALVES

A realização do novo concurso TCE PE (Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco) foi confirmada pelo vice-presidente do órgão, conselheiro Carlos da Costa Pinto Neves Filho, no último dia 8 de abril, durante a sessão da 1 Câmara do Tribunal. De acordo com ele, a seleção deve contar com oportunidades para auditores e analistas, entre outros cargos. A seleção já estava autorizada desde 30 de setembro, com publicação do documento em 11 de outubro. No entanto, ainda não há uma definição de quando o edital poderá ser efetivamente publicado.    

A expectativa é de que, em breve, o TCE PE divulgue a relação dos cargos que serão contemplados, com a respectiva oferta de vagas. 

Sobre a nova seleção, disse o conselheiro:

"Eu estou cuidado do concurso público. Essa casa vai lançar um concurso de auditores, analistas e de outras vagas. Queremos e temos o impulso administrativo para fazer. Inclusive, um projeto de lei que modificará o quantitativo de vagas. Estamos lançando o edital e correndo atrás do projeto de lei para termos as vagas necessárias"

Atualmente, o órgão conta com um total de 23 vagas em aberto, distribuídas da seguinte forma:

  • analista de controle externo - 12 vagas
  • analista de gestão - 5 vagas
  • auditor de controle externo - 4 vagas
  • analista administrativo - 2 vagas

sábado, 26 de abril de 2025

Polícia Federal: Urgente! Publicado edital do concurso para 192 vagas em 25 estados e no DF.

 


FERNANDO CEZAR ALVES

 Foi publicado, no final da tarde desta sexta-feira, 25 de abril, o edital de abertura de inscrições do aguardado concurso PF (Polícia Federal) para o preenchimento de 192 vagas para cargos administrativos, sendo 100 para quem possui ensino médio e 92 para nível superior, com remunerações de até R$ 11.070,93, com jornadas de trabalho de 20 a 40 horas semanais. A assinatura do contrato com a banca havia sido divulgada nesta sexta, no diário oficial. As inscrições serão recebidas no período de 29 de abril a 21 de maio.

No concurso PF, a distribuição de vagas por cargos e estados é a seguinte:

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Concurso PF: veja as exigências específicas dos cargos

  • CARGO 1: ADMINISTRADOR
    REQUISITOS: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em Administração, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), e registro no Conselho Regional de Administração JORNADA DE TRABALHO: 40 horas semanais.
  • CARGO 2: ASSISTENTE SOCIAL
  • REQUISITOS: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em Serviço Social, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC, e registro no Conselho Regional de Serviço Social. JORNADA DE TRABALHO: 40 horas semanais.
  • CARGO 3: CONTADOR
    REQUISITOS: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em  Ciências Contábeis ou Contabilidade, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC, e registro no Conselho Regional de Contabilidade. JORNADA DE TRABALHO: 40 horas semanais.
  • CARGO 4: ENFERMEIRO
    REQUISITOS: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em Enfermagem, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC, e registro no Conselho Regional de Enfermagem. JORNADA DE TRABALHO: 40 horas semanais.
  • CARGO 5: ESTATÍSTICO
    REQUISITOS: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em Estatística, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC, e registro no Conselho Regional de Estatística. JORNADA DE TRABALHO: 40 horas semanais.
  • CARGO 6: FARMACÊUTICO
    REQUISITOS: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em Farmácia, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC, e registro no Conselho Regional de Farmácia. JORNADA DE TRABALHO: 40 horas semanais.
  • CARGO 7: MÉDICO CLÍNICO
    REQUISITOS: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em Medicina, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC, registro no Conselho Regional de Medicina e Registro de Qualificação de Especialidade (RQE) em Clínica Médica no órgão de
    classe. JORNADA DE TRABALHO: 20 horas semanais.
  • CARGO 8: MÉDICO ORTOPEDISTA
    REQUISITOS: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em Medicina, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC, registro no Conselho Regional de Medicina e RQE em Ortopedia no órgão de classe. JORNADA DE TRABALHO: 20 horas semanais.
  • CARGO 9: MÉDICO PSIQUIATRA
    REQUISITOS: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em Medicina, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC, registro no Conselho Regional de Medicina e RQE em Psiquiatria no órgão de classe JORNADA DE TRABALHO: 20 horas semanais.
  • CARGO 10: NUTRICIONISTA
    REQUISITOS: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em Nutrição, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC, e registro no Conselho Regional de Nutrição. JORNADA DE TRABALHO: 40 horas semanais.
  • CARGO 11: PSICÓLOGO CLÍNICO
    REQUISITOS: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em Psicologia, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC, e registro no Conselho Regional de Psicologia. JORNADA DE TRABALHO: 40 horas semanais.
  • CARGO 12: PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL
    REQUISITOS: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em Psicologia, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC, e registro no Conselho Regional de Psicologia. JORNADA DE TRABALHO: 40 horas semanais.
  • CARGO 13: TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS – ÁREA: PEDAGOGIA
    REQUISITO: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em Pedagogia, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC. JORNADA DE TRABALHO: 40 horas semanais.
  • CARGO 14: TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL
    REQUISITO: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em Comunicação Social, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC JORNADA DE TRABALHO: 40 horas semanais.
  • NÍVEL MÉDIO
  • CARGO 15: AGENTE ADMINISTRATIVO
    REQUISITO: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de nível médio ou equivalente, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC.JORNADA DE TRABALHO: 40 horas semanais.

Saiba como se inscrever

As inscrições poderão ser feitas somente pela internet, na página eletrônica da banca organizadora, que será o Cebraspe.

No primeiro dia, o acesso será permitido a partir das 10 horas, enquanto no último será até às 18 horas.

As taxas são as seguintes:

  • ensino médio - R$ 90
  • nível superior - R$ 110

O pagamento poderá ser feito até o dia 23 de maio.

Saiba como serão as provas

A aplicação das provas objetiva e discursivas do concurso PF está marcada para ocorrer no dia 29 de junho, com duração de 4h30, no período da manhã para os cargos de nível superior e à tarde para o de ensino médio.

A parte objetiva contará com 120 questões, da seguinte forma:

  • conhecimentos básicos -  50 questões
  • conhecimentos específicos ´- 70 questões

A parte dissertativa contará com um texto de até 30 linhas, versando sobre conhecimentos específicos para os cargos de nível superior e atualidades para ensino médio, valendo 20 pontos.

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Morre Francisco, o papa que buscou o catolicismo nas fronteiras do mundo sem mudar os dogmas.



 O argentino Jorge Mario Bergoglio desembarcou na ilha de Lampedusa, onde a Europa mais se aproxima da África, e foi envolvido por refugiados etíopes, eritreus e somalis, que haviam sido resgatados no Mar Mediterrâneo. Queria ouvi-los. Pouco importava se fossem católicos. Queria encontrar as periferias. Era a primeira viagem de seu pontificado. Ela criaria uma imagem que acompanharia Francisco até o fim: a do papa que ia às fronteiras do mundo e suscitava expectativas de reforma. Quase ninguém compreendeu que a mudança, para o pontífice, não estava nos dogmas, mas no acolhimento, na ternura de sua pastoral.

Esse argentino, de 88 anos, morreu nesta segunda-feira, 21, em Roma, menos de um mês após deixar o hospital, onde ficou internado para tratar de uma pneumonia dupla. Um dia antes da morte, ele apareceu em público no Vaticano em uma missa de Páscoa, quando fez a última saudação aos fiéis. Uma outra doença pulmonar, sequela da gripe asiática de 1957, mudara seu destino ao impedir o ainda jovem jesuíta de partir em missão ao Japão. Ele teve de extrair parte do pulmão direito, o que – acreditava-se – o incapacitaria para o trabalho no Oriente.

Francisco permaneceu na Argentina, onde foi professor do Colégio da Imaculada Conceição, na cidade de Santa Fé, e, depois, provincial da Companhia de Jesus na Argentina, bispo auxiliar e arcebispo de Buenos Aires até o conclave de 2013, quando foi eleito pelos cardeais o sucessor de Bento XVI. “Não se esqueça dos pobres”, disse-lhe, então, o amigo e cardeal brasileiro d. Cláudio Hummes. Francisco não se esqueceu. A memória, para ele, não era só o que se lembra, mas o que nos cerca, um presente que não acaba. “Parece ontem e no entanto é amanhã.”

Em Lampedusa, naquele 8 de julho de 2013, o papa ouviu os relatos de suplícios de quem, para fugir de guerras, arriscara na travessia a única coisa que ainda podia perder: a vida. Francisco, o papa que veio da borda do mundo, jogou flores ao Mediterrâneo e subiu em um altar, montado em um pequeno barco de pesca, para se dirigir à multidão. “Caim, onde está o teu irmão! (Gênesis 4:9)” Repetiu a frase diversas vezes, enquanto a audiência o acompanhava em silêncio. “Caim, onde está o teu irmão! Ouço a voz do sangue dele gritar até mim.”

Lembrou-se ali da comédia Fuente Ovejuna, a obra de Lope de Vega, do Siglo de Oro espanhol, que conta a história da cidade que se livrou de um tirano. Na peça, quando o juiz quer saber quem cometera o crime, todos respondem: “Fuente Ovejuna, señor”. “Ainda hoje essa pergunta se impõe com força: quem é o responsável por esse sangue? Ninguém! Todos nós respondemos: eu não, eu não devo estar envolvido, devem ser os outros”, escreveu Francisco.

A viagem não estava programada, mas a sucessão de naufrágios e mortes de africanos despertou sua atenção. Bergoglio cunhou ali uma expressão para designar a indiferença do mundo com o destino das vítimas: “globalização da indiferença”. Queria que as novas fronteiras econômicas não abandonassem ninguém nas bordas do mundo. O que esperar de um papa jesuíta se não uma igreja que fosse missionária?

das periferias e do fim dos muros em um mundo ameaçado pela crise climática, o que o levaria aos textos da exortação apostólica Evangelii Gaudium e das encíclicas Laudato Sì e Fratelli Tutti. Por isso, despertaria a fúria e o desprezo de conservadores e de políticos arautos da anti-imigração.

Fazia, então, pouco mais de dois meses que Francisco dirigia a Igreja Católica, após a renúncia de Bento XVI, a primeira de um papa em 600 anos. Era também o primeiro pontífice nascido fora da Europa em 1.300 anos, bem como o primeiro a escrever uma autobiografia: Esperança. Ali Bergoglio mostrou como a história de sua família, de imigrantes piemonteses que deixaram a Itália após a Grande Guerra, marcara profundamente a sua vida. E o seu papado.

Francisco conta que seus avós se salvaram por pouco do naufrágio do navio Principessa Mafalda, o “Titanic italiano”, que afundou ao largo da Bahia, quando se dirigia a Buenos Aires, em 1927. Giovanni Bergoglio e Rosa Vasallo haviam comprado passagens, mas não embarcaram. O papa cresceu ouvindo essa e outras histórias dos tragados pelo oceano.

“Eu também poderia estar entre os descartados de hoje, tanto que sempre trago uma pergunta no coração: por que eles e não eu?” questionou-se o pontífice em suas memórias. “Também nasci em uma família de imigrantes; meu pai, meu avô, minha avó, como tantos outros italianos, partiram para a Argentina e conheceram o destino de quem fica sem nada”, escreveu.

O 266.º papa nasceu em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936. Era o primeiro dos cinco filhos do contador Mario José Francisco Bergoglio e da dona de casa Regina Maria Sivori. A família era toda italiana e ligada à Ação Católica, cujas sedes foram fechadas pelos fascistas de Benito Mussolini, em meio às críticas do papa Pio XI às leis raciais do regime, consideradas uma heresia pelo beato Alfredo Ildefonso Schuster, o arcebispo de Milão.

Ao 21 anos, esse torcedor do San Lorenzo de Almagro e futuro pontífice entrou no seminário arquidiocesano. Foi professor de literatura antes de ser ordenado padre, em 13 de dezembro de 1969. Admirava Dostoiévski, Dante Alighieri e Jorge Luis Borges. Dizia ter lido quatro vezes Os noivos, do italiano Alessandro Manzoni. Amava o tango e música clássica, bem como os filmes do neorrealismo italiano, com Rossellini, Di Sica e Visconti. E, é claro, o Fellini de La Dolce Vita

Francisco levaria ao seu papado uma nova visão sobre a santidade da igreja militante de que fala Santo Inácio de Loyola. Em Fratelli Tutti, ele explicou o que seria ter um “coração sem fronteiras, capaz de superar as distâncias de proveniência, nacionalidade, cor ou religião”. Para tanto, usou um episódio da vida de São Francisco de Assis: a visita ao sultão Malik-al-Kamil, no Egito. “Aquela viagem, num momento histórico marcado pelas Cruzadas, demonstrava ainda mais a grandeza do amor que queria viver, desejoso de abraçar a todos.”

O pontífice pedia aos católicos e ao mundo o mesmo que o santo aos seus discípulos: “Sem negar a própria identidade, quando estiverdes ‘entre sarracenos e outros infiéis’, não façais litígios nem contendas, mas sede submissos a toda a criatura humana por amor de Deus”. O mesmo valia para a agressão à Terra: ”Que espetáculo desolador é ver a destruição das matas e das grandes florestas, que as populações nativas souberam respeitar e preservar por séculos”. E para dominações culturais: “Confundir unidade com uniformidade é uma tentação diabólica”.

Francisco fazia sua pregação em um tempo em que se aposta no conflito entre as civilizações e em um mundo onde o ódio e a aporofobia se tornaram comuns. “Aos pobres não se perdoa nada, nem a própria pobreza”, escreveu. E completou: “Chegou-se ao ponto de teorizar e implementar uma arquitetura hostil para se desembaraçar de sua presença, até mesmo de vê-los nas rua”.

A indiferença o repugnava. E o fazia lembrar de outros episódios, de quando o arbítrio “devorou seu povo como se fosse pão”. Na ditadura militar argentina (1976-1983), Bergoglio intercedeu por jesuítas presos e ajudou a comunista Esther Ballestrino de Careaga. Ela participava na Igreja de Santa Cruz do grupo que deu origem às Mães da Praça de Maio. Em dezembro de 1977, Esther, as freiras francesas Alice Domon e Léonie Duquet e outros nove integrantes do grupo foram sequestrados por militares da Marinha.

TREINO DE DOMINGO DE PÁSCOA.