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domingo, 12 de abril de 2015

Edital com 500 vagas sairá na terça (14) !

SUCEN
O governador Geraldo Alckmin autorizou, nesta sexta-feira, dia 10, a realização de processo seletivo para preenchimento de 500 vagas temporárias junto a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen). Do total de oportunidades, 460 são para o cargo de desinsetizador e 40 para oficial operacional – motorista. De acordo com responsáveis pelo setor de recursos humanos do órgão, o edital já está pronto e deve ser publicado na próxima terça-feira, dia 14.
Nos dois casos, para exercer a atividade é necessário possuir ensino médio. Porém, no caso de oficial, também será exigida carteira de habilitação nas categorias “D” ou “E”. As remunerações iniciais serão de R$ 1.224,38 para desinsetizador e R$ 1.223 para oficial.

CREF da 13ª Região divulga edital com 309 ofertas


CREF
Conselho Regional de Educação Física da 13ª Região(CREF 13), que engloba os Estados da Bahia e do Sergipe, realiza as inscrições do concurso que conta com 309 oportunidades, sendo nove imediatas e 300 para a formação decadastro reserva (CR), em cargos de níveis médio e superior.

Candidatos com ensino médio completo podem se inscrever paraassistente administrativo – Aracaju/SE (2 + 50 CR) eSalvador/BA (2 + 50 CR). O salário é de R$ 1.200 para jornada de trabalho de oito horas diárias.

Aula sábado a noite, Gestão e Arquivologia com o professor Adm. Eugênio Batista.

sábado, 11 de abril de 2015

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Classes dominantes encurraladas


Classes dominantes encurraladas

Desigualdade extrema, corrupção endêmica e violência epidêmica sempre existiram. O Brasil não é um país subdesenvolvido por acaso. Cresceu enviesadamente. Mas nunca na sua História as classes dominantes (os donos do poder econômico, financeiro e político, ou seja, os donos do Estado) foram tão encurraladas (encurralados) como agora. Suas bandas podres (parasitárias, corruptas e cleptocratas) ultrapassaram todos os limites imagináveis da “arte de roubar o dinheiro do povo”. Todos os grandes escândalos protagonizados pelas bandas podres das classes dominantes inusitadamente estão ou estarão em breve sub judice (sob investigação e ataque do Poder Jurídico de controle).

É o caso da Petrobras (envolvendo empreiteiras, financistas, altos escalões administrativos e políticos – PP, PMDB, PT etc.), do trensalão e do metrôSP(PSDB), do HSBC (ricaços com contas bancárias na Suíça, muitas provavelmente jamais declaradas ao fisco) e do Carf (grandes empresas e bancos, como Gerdau, Bradesco, Santander, Ford etc., que promoviam corrupção de milhões para não pagarem impostos de bilhões). Muitos donos do poder, que sempre gozaram de imunidade absoluta, com bens bloqueados e sem poder fechar novos contratos com o poder público, estão pedindo falência (recuperação judicial) e despedindo empregados em massa. Para além de incontáveis ações de reparação de danos (materiais e morais) e CPIs, jamais na nossa História dezenas desses nababescos cleptocratas (ladrões do dinheiro público) foram encarcerados concomitantemente.
Os dois grandes temores das classes dominantes (serem enquadradas pela lei e pela Justiça em razão das suas roubalheiras e explorações e terem que enfrentar a rebelião das massas indignadas) estão acontecendo. Aliás, 47% dos protestos de 15 de março foram contra a corrupção, isto é, contra o Brasil cleptocrata-mafioso, hoje sob a batuta do decadente governo petista (Datafolha). E há chance de isso se repetir no dia 12 de abril. Evolução sociológica notável: as massas estão começando a se apoderar da consciência crítica (veja Álvaro Vieira Pinto). Tudo começou em junho/13, quando elas protestaram contra o Brasilquistão (com péssimos serviços públicos e baixa qualidade de vida). Mas a redenção somente virá no dia em que todos encurralarmos as classes dominantes para implantar aqui o Brasislândia (Brasil + Islândia: este país tem 1,5% de ricaços, 97% de classe média e 1,5% de pobres), acabando com a cruel divisão entre minorias cultas e massas incultas ou ignorantes.
Para isso temos que trocar o capitalismo cartelizado (de compadres, um jogo de cartas marcadas) por um capitalismo verdadeiro, competitivo e distributivo, sem superexploração parasitária. Temos que copiar o capitalismo praticado nos países escandinavos (Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Islândia). Necessitamos de um choque de capitalismo (como postulado pelo senador Covas, em 1989), que teria por base um “choque na educação”, com ensino de qualidade para todos, em período integral. Nos séculos XVI, XVII, XVIII e XIX todos eram discursivamente contra a escravidão, mas ninguém acabava com ela. No século XXI, todos somos discursivamente a favor da excelente educação, mas ninguém a implanta. Por isso se diz (E. Giannetti) que a educação no século XXI é o equivalente moral da escravidão. Quem será a Princesa Isabel da educação? A hora da educação de qualidade para todos e do capitalismo civilizado é agora, quando as classes dominantes estão encurraladas. Para não perder os dedos talvez entreguem os anéis. No dia 12 de abril todos deveríamos ir para as ruas para protestar contra a corrupção.

UFSC/SC: 73 vagas em concurso para professor

UFSC Florianópolis
UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) publicou edital de concurso com 74 vagas de professor para o quadro permanente nos campi de Araranguá, Blumenau, Curitibanos, Florianópolis e Joinville. Do total de oportunidades, 15 são reservadas para negros e 12 para deficientes em todos os campi.

As ofertas estão divididas entre professor adjunto de dedicação exclusiva e professor adjunto 20 horas, que requerem titulação de doutor; professor assistente de dedicação exclusiva e professor assistente 20 horas que requerem título de mestre; e professor auxiliar 20 horas que requer graduação na área de atuação. Os salários variam de R$ 2.360,35 até R$ 9.012,50 de acordo com o cargo e títulos do candidato.
Há ainda uma oportunidade no campus de Florianópolis para professor com livre docência em regime de dedicação exclusiva na área de Ensino de Ciências e Matemática. O candidato precisa de, no mínimo, 10 anos de experiência na área de estudo. O salário é de R$ 17.430,74.

TURMA DE QUINTA - FEIRA ( PROF. FÁBIO MADRUGA ) !





PL das terceirizações: saiba como fica o funcionalismo

Governo
A aprovação, no último dia 8 (quarta-feira), na Câmara dos Deputados, do projeto de lei 4330/04, que regulamenta os contratos de terceirização de serviços, tem causado grande celeuma entre quem pretende ingressar no funcionalismo público.
O substitutivo ao projeto, aprovado em Plenário, especifica, logo no inciso 1º do artigo 1º, que “o disposto nesta lei aplica-se às empresas privadas, às empresas públicas, às sociedades de economia mista e a suas subsidiárias e controladas no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, e não se aplica à administração pública direta, autárquica e fundacionais”.
Desta forma, continuam garantidas as contratações somente por meio de concursos públicos em todos os órgãos públicos, bem como autarquias e fundações.  O texto aprovado pelo Plenário permite a terceirização de serviços, na esfera pública, somente em empresas públicas, em qualquer tipo de atividade.
Na esfera federal, algumas das principais empresas públicas, nas quais será permitida a terceirização, caso o projeto ganhe força de lei, estão o Banco do BrasilCaixa Econômica Federal, BNDES, Petrobras, Transpetro, Infraero, Amazul e Furnas.  Em São Paulo, existem 19 empresas públicas, incluindo Metrô, Sabesp, Dersa, Imesp e Prodesp. 


Embora aprovado em Plenário, em decorrência de um acordo de procedimentos entre os partidos, diversos pontos polêmicos do projeto ainda deverão ser decididos em votações separadas, no próximo dia 14 (terça-feira). Um dos principais pontos a serem discutidos diz respeito ao substitutivo considerar a possibilidade de terceirizações para todos os cargos, desconsiderando a distinção de atividades meio e atividades fim das empresas. Porém, mesmo a possibilidade de terceirizações em empresas públicas tem causado controvérsias, que podem acarretar em modificações no texto da lei, até sua possível aprovação.

Acontece que o artigo 37 da Constituição Federal determina que “a administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, Estados, do Distrito Federal e dos municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)  ll – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração”.


Desta forma, qualquer cargo público, inclusive emprego público, ou seja, em empresas públicas, deve ser preenchido por meio de concurso, de acordo com o texto constitucional, ponto não mencionado no substitutivo do projeto, que prevê a terceirização de cargos em empresas públicas.  

F M C !

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Edital de escriturário pode ser liberado este mês

07-01-02
o mês de abril e com ele a proximidade de realização do concurso de escriturário do Banco do Brasil (BB), que terá o Rio de Janeiro como um dos estados contemplados. É que, conforme diretriz informada pelo diretor de Gestão de Pessoas do BB, Carlos Netto, o edital da seleção será publicado este mês ou em maio. Resta ao interessados, portanto, intensificarem os estudos, a fim de garantirem a aprovação e uma boa classificação para serem admitidos.
A diretriz apontada por Netto é a divulgação dos editais três ou quatro meses antes de expirar o prazo de validade do concurso anterior para as mesmas regiões. Nesse caso, a seleção irá vencer em 26 de setembro, o que confirma a previsão informada. Ainda segundo essa diretriz, as provas ocorrerão em julho ou agosto. Oficialmente, o BB informa que prepara o concurso. Entre as definições que ainda precisam ser feitas estão limite de cadastrados e cronograma. A Fundação Cesgranrio já foi definida como organizadora, já que as partes têm um contrato de cinco anos, e a taxa de inscrição poderá ser de R$40, a mesma cobrada no concurso para 15 estados, que está em andamento.
Em relação ao limite de aprovados, os interessados podem ter uma ideia de como ele será fixado. Levando em consideração o concurso de 2013 do BB, incluindo o Rio, houve cadastro de 1.365 aprovados, quantitativo que pode aumentar este ano, tendo em vista as Olimpíadas, que, conforme Netto, aquecerão a economia regional. É que, de acordo com o dirigente, será necessário, por conta do evento, ampliar os pontos de atendimento, o que poderá trazer muitas contratações. Os interessados no BB têm à disposição programa e estrutura do concurso e prova, divulgados na seleção para 15 estados, que ajuda bastante no estudo. Os candidatos serão avaliados por meio de 70 questões objetivas e redação.
O cargo de escriturário, exige o nível médio e proporciona rendimento inicial de R$3.280, somando salário-base de R$2.227,26, ajuda-alimentação de R$572, vale-refeição de R$431,16 e vale cultura de R$50. O BB proporciona ainda ascensão e desenvolvimento profissional, participação nos lucros ou resultados, vale-transporte, auxílio-creche, auxílio a filho com deficiência, plano odontológico assistência médica (planos de saúde), previdência privada e participação no Programa de Qualidade de Vida no Trabalho. Além do Rio, o concurso contemplará Amazonas (parte do estado), Espírito Santo, Minas Gerais (parte), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (parte). O regime de contratação é o celetista.
Fonte: Folha Dirigida

TJ/AM: presidente confirma concurso para 25 vagas


TJ

Durante a abertura do ano judiciário, realizada na última terça-feira (10/2), a presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ/AM), desembargadora Graça Figueiredo, reforçou a realização deconcurso para as carreiras de assistente e auxiliar judiciários. As oportunidades a serem abertas serão destinadas à comarca do interior do Estado.

De acordo com informações da assessoria de comunicação do TJ/AM, o edital de abertura do certame será publicado no começo de março, entre essa e a próxima semana.

TJ pretende abrir ainda neste primeiro semestre edital com 25 vagas, sendo 11 para assistente e 14 para auxiliar. A seleção trará chances para a comarca da 7ª sub-região - Região Rio Negro/Solimões, que abrange as cidade de Coari, Beruri, Caapiranga, Autazes, Codajás, Manaquiri, Novo Airão, Anori e Anamã. 

quarta-feira, 8 de abril de 2015

AULA DE QUARTA - FEIRA ( PROF. FÁBIO MADRUGA ) !




Concurso Ministério da Fazenda: pedido de 3.500 postos !

Ministério da Fazenda

Novidades para quem já se programa para o concurso do Ministério do Fazenda. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) confirmou que o número de vagas solicitado pelo órgão é de 3.500, sendo 3.000 para técnico e 500 para analista.


Coordenação-Geral do Setor de Desenvolvimento Econômico e Produtivo do MPOG ainda informou que o pedido para a abertura do novo concurso público continua em trâmite na pasta. 



Como divulgado anteriormente pelo JC, o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores Administrativos do Ministério da Fazenda (SindFazenda), Luis Roberto da Silva, afirmou que essa quantidade de postos ainda é insuficiente para preencher o déficit de pessoal do órgão, que cresce anualmente.

Concurso DNIT: cresce expectativa para 1.131 vagas

DNIT
Vinculado ao Ministério dos Transportes, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNITainda aguarda autorização do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) para que possa abrir concurso público com 1.131 vagas.

A Caixa de Pandora da maioridade penal foi aberta: viva o delírio de abutres, homens de lata, idiotas e hipócritas!

A Caixa de Pandora da maioridade penal foi aberta viva o delrio de abutres homens de lata idiotas e hipcritas
Meus piores temores se concretizaram. O impensável aconteceu. A Caixa de Pandora foi aberta. A “Comissão de Constituição e Justiça” – que claramente não entende nada de Constituição e muito menos de justiça – abriu as comportas para que o maior retrocesso político-criminal das últimas décadas fosse contemplado como possibilidade concreta. É triste, mas não é surpreendente. Os abutres sentem cheiro de sangue. Sabem que uma população adestrada após décadas de exposição continuada à criminologia midiática anseia por esse tipo de medida. Em outras palavras, há muito a ganhar. É tempo de construir capital político. Trata-se de uma oportunidade que não pode ser perdida, ainda mais em tempos de perda credibilidade não só dos políticos em geral, mas da própria ideia de representatividade.
Só tem um pequeno detalhe. Não que eu seja um intérprete privilegiado, mas penso que é um dado que merece alguma consideração: Constituição não é carniça e direito fundamental não é cadáver apodrecendo no deserto, prestes a ser devorado pelos abutres de plantão. Isso parece tão óbvio que nem precisaria ser dito. E como é rigorosamente óbvio, exigível e necessário, parece também evidente que todos os juristas – que de algum modo suponho eu devem fidelidade ao Direito – deveriam estar engajados na luta contra a catástrofe que se insinua sobre a juventude vulnerável brasileira. Devemos cerrar fileiras. Apontar as baterias antiaéreas e derrubar os abutres dos céus. Que o Direito seja a nossa munição contra eles e contra a fúria impulsionada pelos empreendedores morais.
Quisera eu fosse tão simples assim. Fiz o que pude quando escrevi o “Manifesto contra a redução da maioridade penal” (veja aqui). Treze mil compartilhamentos demonstram que a maioria de nós está com a cabeça – e o coração – no lugar certo. Mas infelizmente, não são poucos os juristas que orgulhosamente se dedicam ao avanço da barbárie.
As cláusulas pétreas devem ser interpretadas de forma restritiva“.
Não vejo óbice para que a maioridade penal seja reduzida, já que com isso o direito não é eliminado, apenas restringido“.
O Direito deve acompanhar a sociedade. O jovem de hoje não é mais o mesmo da década de 40“.
A capacidade que o pensamento jurídico conservador demonstra para dissimular a barbárie como técnica nunca deixa de me espantar. Fico impressionado quando constato que juristas dos mais diversos matizes ideológicos reproduzem velhos lugares comuns do pensamento bem comportado para justificar o injustificável. Não sei como suportam a própria pequenez e mesquinharia. Louvam como se sagrado fosse o poder punitivo que deveriam conter por exigência da democracia. Sãohomens de lata. Desprovidos de coração, esses juristas sem alma não cansam de mostrar o quanto são insensíveis ao sofrimento alheio. Compactuam com abutres. Se deitam com o que de pior temos em nossa classe política. Comemoram o poder punitivo juntamente com oportunistas e achacadores e dormem tranquilos, apesar de terem plena consciência do mal que fazem.
Mas não é deles que parte esse frenesi punitivista, embora eles vergonhosamente se dediquem a sua legitimação, conferindo-lhe roupagem jurídica. Se a questão alcançou uma dimensão tão grande é porque boa parte da população efetivamente dá credito a ela. Deposita sua esperança de dias mais seguros e tranquilos no potencial mágico da pena para promover o bem.
O Brasil não é mais um país de técnicos de futebol. Virou um país de penalistas e especialistas em segurança pública. Qualquer um discursa no bar com a autoridade de quem dedicou a vida inteira ao tema. Os idiotas desfilam pelas ruas como se fossem detentores de um Nobel. Discursam sobre os mais variados assuntos e ostentam a sua sabedoria de botequim como se fosse a mais pura expressão da verdade sobre os rumos adequados da política criminal nacional.
Já que virou um legítimo vale tudo, espero que procurem o borracheiro da esquina caso sejam diagnosticados com câncer. Ou melhor ainda: que façam o tratamento com aspirina. Com certeza pessoas que dominam tantos aspectos de assuntos complexos não esmorecerão diante de situações como essas. Continuarão a utilizar tão vastos conhecimentos em benefício de si próprios.
A vida seria engraçada se não fosse trágica. Talvez você ache pesado que eu diga que os pseudopenalistas devem procurar o borracheiro caso venham a ter câncer. E que devem se tratar com aspirina. Gozado que nenhum desses “especialistas em segurança pública” acha “pesado” enjaular adolescentes por furto de boné nos calabouços medievais que são as nossas prisões. No do outro jamais arde, não é mesmo? Se tivessem uma fração dessa sensibilidade tão aguda para com os outros, talvez não saíssem por aí defendendo o avanço da barbárie. Não é por acaso que muitos exploram o mercado em permanente expansão que é a “arte de escrever para idiotas” (veja aqui).
Mas ainda há um último tipo que eu gostaria de referir. Afinal, somos um país cristão. Tem um pessoal simpático que está inclusive propondo uma PEC para dizer que todo poder emana de Deus e não do povo, não é mesmo?
Faz sentido que um cristão seja sedento de sangue? Não sei em que Deus você acredita, mas se de fato Ele existe, acho pouco provável que aprovaria a exposição da juventude vulnerável ao suplício que é o nosso aparato penitenciário. A dinâmica massacradora é ancestral, como disse Zaffaroni. São um bando de hipócritas. Comportam-se como a multidão que pediu sangue a Pilatos. Cristo disse “perdoai-os Senhor, eles não sabem o que fazem”.
Para Zaffaroni, o tumulto era a criminologia midiática da época, exercendo pressão sobre Pilatos, como é exercida a pressão midiática sobre os políticos contemporâneos. Ele aponta que não era preciso que Jesus tivesse onisciência para saber que seria traído, considerando-se o enorme poder da criminologia midiática e sua capacidade para difundir o medo. Movidos pelo medo, tomamos decisões apressadas, descuidadas e, em última análise, potencialmente catastróficas para quem se encontra em situação de vulnerabilidade, taxado de (e tratado como) inimigo. Trata-se de um mecanismo ancestral de produção de massacres através da instalação satisfatória do pânico moral e da produção de um medo irracional, que rotineiramente fabrica bodes expiatórios: eles, os inimigos que se deve enjaular ou, melhor ainda, exterminar. A criminologia midiática instala um mundo paranoide. Sua capacidade para etiquetar alguém como bode expiatório é tão grande que pôde amedrontar Pedro até o limite de negar Cristo.
Que Deus tenha piedade de nós. E desprezo por quem justifica essa barbárie.
Não compactue com abutres. Veja como o seu deputado se posiciona. Não seja um homem de lata: faça o que é direito e lute pelo Direito. Não se comporte como um idiota. Procure ao menos se informar. A redução da maioridade penal não resiste a qualquer debate minimamente sério. A internet está repleta de textos que liquidam com os argumentos grosseiros de quem considera a medida aceitável. Se você é cristão, seja um cristão coerente. Não veicule o ódio pela nossa juventude vulnerável.
Eu fui professor de ensino médio durante oito anos. Dei aula de história, sociologia e filosofia e tive o privilégio de conviver com mais adolescentes do que a maioria dos adultos jamais terá. Gosto de pensar que essa convivência me tornou um homem muito melhor do que eu era. Aposte em nossa juventude. Dê uma chance a ela. Nós temos que ampliar os mecanismos de proteção e não restringir os já existentes.
E se em último caso – mas em último caso mesmo – você for um verme que considera que direitos humanos são apenas para humanos direitos, ao menos reflita diante de um dado inegável: a reincidência de quem experimenta o aparato penitenciário é de 70% enquanto no sistema socioeducativo é de menos de 20%. Não é de modo algum o melhor caminho para a sua segurança e a segurança da sua família.