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quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Decreto permite a compra e posse de até quatro armas de fogo.

 Bolsonaro disse que usou a caneta "como arma" para garantir ao cidadão o direito à legitima defesa. Foto: Ed Alves/CB/D.A Press
Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma”, disse Jair Bolsonaro com uma caneta em mão, antes de assinar o decreto que flexibiliza a posse de armas de fogo no país. Com 15 dias de governo, o presidente celebrou a medida elaborada por “pessoas de bem para cidadãos de bem” em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Durante o discurso, o chefe do Executivo criticou governos anteriores e ressaltou a importância do dispositivo, que concederá à população o “direito de legítima defesa”, que, segundo ele, foi pedido nas urnas com a vitória dele. A decisão, publicada em uma edição extra do Diário Oficial da União, tem efeito imediato.
De acordo com Bolsonaro, o Estado entendeu que havia um problema na lei referente à comprovação da efetiva necessidade de se obter o registro do armamento, que “beirava a subjetividade” — ele faz menção à avaliação da Polícia Federal, pois cabia a delegados da corporação conceder ou não a posse. “O que nós estamos fazendo aqui nada mais é do que restabelecer um direito deferido nas urnas por ocasião do Referendo de 2005, do qual, infelizmente, o governo à época buscou maneira em decretos e portarias a negar-lhes esse direito. O povo decidiu por comprar armas e munições, e nós não podemos negar o que o povo quis naquele momento”, disse. Ele se referiu à consulta popular em que foi rejeitada a proibição da comercialização de armas e munição. O presidente esclareceu ainda que o decreto trata apenas da posse de armas e que, para outros efeitos, como o porte de armas, novas medidas seriam pensadas no Legislativo.
 

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