03/12/18 - 17h44 - Atualizado em 03/12/18 - 18h59
O Supremo Tribunal Federal (STF) irá se pronunciar na
terça-feira (4) sobre um novo pedido de liberdade para o ex-presidente
Lula, preso desde abril por corrupção, embora o recurso tenha poucas
chances de êxito, como já ocorreu com os anteriores.
Luiz Inácio Lula da Silva cumpre uma pena de 12 anos e um mês em
Curitiba por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas sempre
defendeu a sua inocência.
Acusado de receber um triplex no Guarujá, litoral de São Paulo, em
trocar de favorecer a construtora OAS com contratos na Petrobras, o
ex-presidente, de 73 anos, está preso desde 7 de abril. Agora, cinco dos
11 juízes do STF deverão se pronunciar novamente sobre a sua situação.
Neste novo pedido de habeas corpus, os advogados de Lula argumentam
que o juiz Sérgio Moro, autor de sua condenação em primeira instância,
agiu por “motivações políticas”.
Segundo eles, o fato de o juiz ter aceitado, no início de novembro, o
convite do presidente eleito Jair Bolsonaro para se tornar o seu
ministro da Justiça a partir de 1º de janeiro coloca a sua
imparcialidade em xeque.
Para os defensores do ex-presidente, Moro o condenou com o objetivo
de impedir a sua candidatura, e possível eleição, e assim poder assumir o
cargo de ministro no futuro governo Bolsonaro.
Na semana passada, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, se
pronunciou contra a concessão deste habeas corpus por considerar seus
argumentos “infundados”, já que Moro ditou a sua condenação em julho de
2017, quando a eleição de Bolsonaro ainda era considerada altamente
improvável.
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