A presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª região
(TRF 3ª), que engloba os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul,
desembargadora Therezinha Cazerta declarou, no último dia 9, durante
apresentação com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli,
que o projeto de reestruturação da primeira instância da Justiça Federal
fará com que o órgão efetivamente necessite realizar novo concurso público para
reposição de seu quadro de pessoal. "Temos uma carência grande de
servidores, sem possiblidade de novas nomeações", disse. A intenção é de
que o edital seja publicado no decorrer de 2019.
De acordo com informações obtidas junto ao setor de concursos para
servidores, a seleção ainda está em fase de análise para definição de
vagas e áreas de atuação que contarão com oportunidades, sem data
específica para conclusão
A seleção é aguardada desde abril, quando anunicada pela coordenadora
da Comissão de Acessibilidade e Inclusão do órgão, juíza Luciana Ortiz
Tavares Costa Zanoni, durante reunião com a diretoria do Sindicato dos
Trabalhadores do Judiciário Federal do Estado de São Paulo (Sintrajud).
Na ocasião, a juíza adiantou que o TRF iria reservar de R$ 6 a R$ 8
milhões do orçamento de 2018 para a realização do novo certame. “Há toda
uma estratégia quem tem como prioridade a realização do concurso”,
declarou a juíza. Durante a reunião, confirmou que o problema de déficit
de pessoal se agravou em decorrência do aumento do número de
aposentadorias, provocada pelas preocupações dos servidores com a
Reforma da Previdência e com os efeitos da Emenda Constitucional
95/2016, que congelou os orçamentos dos órgãos públicos por 20 anos.
“Ainda que façamos economia em outras áreas, não podemos nomear
servidores, salvo nos casos autorizados”, lembrou a juíza, mencionando
as limitações impostas pela EC 95. “Ficamos de mãos amarradas. Assim
como servidores, faltam juízes”, disse.
A intenção é de que os preparativos para a seleção sejam iniciados o
quanto antes, uma vez que a validade da última grande seleção, iniciada
em 2013, encerrou em 25 de abril. Depois disso, o órgão realizou outro
concurso, em 2015, somente para algumas áreas específicas de técnicos e
analistas.
Com isto, embora os cargos e vagas do novo certame ainda não estejam
confirmadas, a tendência é de que sejam aproximadamente para as mesmas
opções do concurso de 2013, para as carreiras de técnico e analista judiciário, destinadas, respectivamente, a quem possui níveis médio e superior.
As três principais áreas, que tendem a ser oferecidas na próxima
seleção, são as de técnico judiciário na área administrativa, que pede
apenas ensino médio; analista judiciário na área administrativa, para
quem possui formação de nível superior em qualquer área; e analista
judiciário na área judiciária, para quem possui formação em direito.
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