Quem está se preparando para concursos
públicos sabe que estar atento às notícias é um ponto essencial para
conseguir um bom desempenho nas questões de atualidades, disciplina
comum em inúmeras provas, para os mais diversos cargos, na maioria dos
órgãos públicos. Neste sentido, a eleição presidencial de 2018,
considerada uma das mais polêmicas do país, tende a ser extremamente
explorada nas provas dos próximos concursos, de acordo com
especialistas. Para auxiliar os candidatos, o professor de atualidades
da Central de Concursos, Marcos José de Oliveira, ressalta pontos
importantes sobre o tema que os candidatos devem ter em mente e que
podem ser explorados pelas bancas.
De acordo com ele, o tema da redação do Enem, que abordou a manipulação na internet por meio de uso de dados, já é um indicativo de como as eleições presidenciais podem ser exploradas pelos examinadores. “Essa eleição foi única, ou melhor, toda a campanha foi única. Diversos analistas e meios jornalísticos apontaram isso. O tema abordado pelo Enem na redação foi propício, pois as redes sociais funcionaram como nunca nessa eleição, principalmente a propagação de fake News”, disse. “Gostei do tema “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”. Dos quatro textos motivadores, três deles são trechos de reportagens, o que demonstra a preocupação do Enem com a leitura atual do candidato. Claro que a maioria das reportagens eram de 2016, mas isso não invalida a necessidade de estar bem informado. Para os concurseiros vale o alerta. Pesquisar e entender até onde as redes sociais estão sendo instrumentos políticos e ferramentas que atendem às necessidades das empresas e partidos. O gráfico utilizado no texto III da prova é um organograma de dados do IBGE com o perfil dos usuários de internet no Brasil de 2016. E qual a leitura que o candidato pode fazer? Entender esse processo atual é urgente e muito importante”, ressalta.
Prisão do Lula
De acordo com o professor, dentro deste contexto político envolvendo
as eleições 2018, um ponto que pode ser explorado diz respeito à prisão
do ex-presidente Lula e todo o processo que envolveu os posteriores
pedidos de soltura, bem como a intenção do PT em incluir o ex-presidente
como candidato, mesmo após a condenação em segunda instância. “A
estratégia do PT foi equivocada, sem dúvida. Mas só temos certeza agora,
porque a eleição acabou. Essa intenção, a de usar o nome e a imagem do
ex-presidente, parecia ser útil, já que era sabido, de acordo com as
pesquisas, que se concorresse ao leito, o ex-presidente venceria. Sem
contar também que muita gente nas redes sociais compartilhava as
críticas à sua prisão. Fazer um acompanhamento, um resumo ou uma
pesquisa de todo o processo que envolveu o julgamento e a prisão de Lula
é obrigatório, principalmente porque o fato repercutiu até no exterior.
Já a forma de ser abordado em uma prova de atualidades vai depender da
organizadora, mas com certeza os fatos e todo o processo que envolveu o
ex-presidente são muito importantes e deve merecer atenção dos
candidatos de concursos públicos”.
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