Os funcionários da Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos (Correios) entraram em greve no início do segundo
trimestre cobrando diversos direitos da estatal. Entre as principais
reivindicações dos trabalhadores estavam a contratação de novos funcionários via concurso público,
a segurança nos Correios e o fim dos planos de demissão voluntária. A
expectativa de realização de novo concurso público dos Correios (Edital Concurso Correios) é grande, já que desde 2011 o certame não é realizado.
“Não há nenhum impedimento para a
realização de um novo concurso, provocando a queda na qualidade dos
serviços da estatal”, disse a Federação Nacional dos Trabalhadores em
Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT). Na ocasião,
a empresa não havia se pronunciado sobre a realização de um novo
concurso, apenas falou sobre o anúncio da greve. “A empresa entende que é
um direito do trabalhador. No entanto, um movimento dessa natureza,
neste momento, serve apenas para agravar ainda mais a situação delicada
pela qual passam os Correios e afeta não apenas a empresa, mas também os
próprios empregados”, afirmou.
Debate na Câmara dos Deputados
As comissões de Trabalho, de
Administração e Serviço Público e de Legislação Participativa da Câmara
promoveram na última terça-feira, 26 de junho, uma audiência pública
conjunta para discutir a demissão de funcionários e o fechamento de
agências da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
Os pedidos para o debate são dos
deputados Leonardo Monteiro (PT-MG) e Glauber Braga (Psol-RJ).
Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Correios, Leonardo
Monteiro cita notícia publicada pela imprensa sobre a existência de
relatório da empresa prevendo o fechamento de 513 agências e a demissão
de mais de 5 mil servidores. Ele quer explicações sobre a veracidade da
notícia e do referido relatório.
“Sabe-se que os Correios são o serviço
público federal mais próximo dos cidadãos, podendo exercer relevante
influência no crescimento e desenvolvimento do País, ao tempo em que
proporciona à população brasileira acesso a serviços postais e
financeiros. O fechamento e, por consequência o enxugamento da empresa,
demonstraria um grande equívoco na gerência das empresas públicas por
parte do governo”, ressaltou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário