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terça-feira, 9 de maio de 2017

Polícia desarticula quadrilha que fraudou concursos públicos por mais de 10 anos !

Polícia-PB desarticula quadrilha que fraudou concursos públicos por mais de 10 anos






  o delegado titular de Defraudações na capital João Pessoa, Lucas Sá, afirmou que a quadrilha fechava "pacotes" para pelo menos dez candidatos em cada concurso, para que o processo fosse viável. "Era cobrado, em média, o valor correspondente a 10 vezes o salário inicial do cargo pleiteado, de maneira que cada candidato interessado repassasse a quantia de R$ 30 mil a R$ 150 mil para a organização criminosa", disse.
As investigações apontaram ainda que as fraudes começaram há mais de 10 anos, em 2005, onde, estima-se, pelo menos 400 pessoas já foram beneficiadas com o esquema nos estados na Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe e Piauí. "Tomando como base o menor valor informado até o momento, podemos concluir que, no mínimo, a organização consegue obter a quantia de R$ 300 mil por concurso, acumulando ao menos R$ 12 milhões nos últimos 12 anos".

O Esquema

A fraude funcionava por meio de escutas e transmissões eletrônicas durante a aplicação das provas. Parte dos suspeitos ficavam na casa onde os líderes do grupo foram presos, em João Pessoa, e eram responsáveis por receber as informações das provas de outros integrantes do grupo que faziam as avaliações. "Eles repassavam as informações para os 'professores', que respondiam as questões e mandavam os gabaritos pelo ponto eletrônico aos candidatos", citou o delegado.Além dos suspeitos presos na capital paraibana, outros integrantes foram detidos no domingo no Rio Grande do Norte, durante a aplicação das provas do concurso público do Ministério Público do Rio Grande do Norte. De acordo com Lucas Sá, os suspeitos estavam com pontos eletrônicos no ouvido, que foram apreendidos durante a operação.
Há indícios de que a organização fraudava, além dos gabaritos, os documentos necessários para que os candidatos obtivessem empréstimos bancários para o pagamento da fraude e também os documentos exigidos para o ingresso nos cargos pleiteados, fornecendo uma espécie de "kit completo" de aprovação nos concursos. "Diversos suspeitos ocupam atualmente cargos públicos em importantes instituições, além de ter acesso frequente a outros servidores, aprovados por meio da atuação da organização criminosa, motivo pelo qual conseguiam acesso à estrutura de poder de diversos órgãos públicos e instituições", finalizou.

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